Ato em Cubatão, ocorreu na Praça Princesa Isabel. Grupo de mulheres encaminhou carta ao
Governador Geraldo Alckmin expressando o repúdio e indignação aos atos de violência
cometidos contra mulheres
Em Cubatão, a representante
da Associação, Leonizia Ponciano, organizou o ato na Praça Princesa Isabel, com
a participação de outras mulheres da cidade. Leonizia concedeu entrevista ao
jornalista Gilberto Vitor, do Portal Cidade de Cubatão e falou da importância de
lutar em favor dos direitos das mulheres, defesa contra atos de violência e
demais acontecimentos envolvendo as mesmas. No local do evento, foram expostas
peças de roupas, simbolizando a vergonha contra atos e todas as ocorrências de
abusos contra as mulheres da cidade. Ao final todas as Mulheres Progressistas,
participaram de um sorteio de brindes.
VÍDEO/ENTREVISTA
Jornalista Gilberto Vitor com representantes da
Associação Mulheres Progressistas de Cubatão
Gilberto Vitor - Mtb:81080/SP
Portal Cidade de Cubatão
Cópia da carta encaminhada ao
Governador Geraldo Alckmin
O
movimento “Mulheres Progressistas” nasceu no dia 16 de maio de 2015 com o
intuito de defender uma maior abertura para representantes
do sexo feminino nas casas de leis de todo o país. A marcha surgiu devido a
indignação da, até então,
presidente da comissão provisória do PMDB Mulher de Guarujá, Eliane Belfort, ao
saber da posição do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI), presidente da
comissão provisória de reforma política, em
relação as cotas femininas. O parlamentar afirmou que a questão não chegaria
nem a entrar em votação na câmara pois a julgava inconstitucional.
Insatisfeita
com a colocação do companheiro de partido, Eliane compartilhou sua frustração
com outras peemedebistas de Guarujá e elas compreenderam que deveriam tomar
alguma atitude. Após dois dias da declaração de Castro, um ato de repúdio, em
forma de carta, chegava aos gabinetes do presidente da Câmara Federal, o
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente do Senado, o Senador Renan
Calheiros (PMDB-AL), presidente nacional do PMDB e vice-presidente da
República, Michel Temer, presidente estadual do PMDB-SP, o deputado Baleia
Rossi. Também foram enviadas cópias para toda a bancada do PMDB do Senado e da
Câmara, além da bancada feminina.
Na
carta assinada por Eliane Belfort, Ednéia Zeferino, Creusa Mattos, Maria
Angélica Cruz, Maria Marly Muniz e diversas outras mulheres, as progressistas
discordam veemente de Marcelo Castro. Ele credita a ausência de mulheres na
política devido a falta de interesse do segmento. As Progressistas afirmam que
tal discurso não representa verdade e é apenas um argumento machista e raso que
busca a fácil solução de jogar a culpa nas mulheres e não assumir que
historicamente o Estado nunca ofereceu as mesmas oportunidades que foram
reservadas ao sexo masculino, fato que já foi discutido e é reconhecido pelo
Supremo Tribunal Federal.
No
dia 19 de maio, a carta de repúdio escrita pelas Progressistas foi lida pelo
vereador Toninho Salgado (PDT-SP), na Câmara Municipal de Guarujá em uma ação
de manifesto. A iniciativa das mulheres ganhou o apoio de diversas lideranças
da Baixada Santista e grande São Paulo, entre elas a ex-prefeita de Santos,
Telma de Souza (PT-SP), que enviou uma carta de incentivo a causa defendida
pelo grupo, assim como a deputada estadual, Vanessa Damo (PMDB-SP), eleita por
Mauá que ocupa atualmente o cargo de presidente estadual do PMDB Mulher. Os
vereadores Luciano Tody e Luciano China (ambos do PMDB-SP, eleitos por Guarujá)
e Nilton Leopoldino, presidente do PMDB da mesma cidade também acenaram à favor
da massa feminina.
Um
ato de manifesto em prol as cotas de gênero, realizado no dia 21 de maio,
trouxe outros partidos para a marcha do “Mulheres
Progressistas”, tornando-se assim um movimento que não era apenas do PMDB, mas
sim de todos que acreditam em uma sociedade mais solidária e justa. Atualmente
o “Mulheres Progressistas” ganhou a adesão de mulheres em todo o país, entre as
figuras mais conhecidas está a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), autora da
primeira lei do sistema de cotas.
COTAS VOTADAS
Apesar
da declaração do presidente da
comissão provisória de reforma política, a lei de cotas femininas conseguiu ser
votada no dia 18 de junho pela Câmara Federal em forma de Emenda Aglutinativa
exigindo que 30% das cadeiras do congresso fosse
destinada as candidatas. A Emenda não passou por conta de 15 votos contrários.
Em reunião realizada no dia 22 de junho, com o intuito de definir novos rumos
ao “Mulheres Progressistas” a vereadora Cida Ferreira (PMDB-SP) criou a campanha
“Mais Mulheres Eleitas Já”. No último dia 25, a participação feminina na
política ganhou um reforço. O Plenário do Senado aprovou em primeiro a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 98/2015, que reserva um percentual mínimo
(10% na primeira legislatura, 12% na segunda e, finalmente, 16% na terceira) de
cadeiras nas representações legislativas em todos os níveis federativos. Assim,
a medida atinge Câmara dos Deputados, assembleias legislativas, câmara
legislativa do Distrito Federal e câmaras municipais. A proposta foi aprovada
em primeiro turno com 65 votos favoráveis e 7 contrários. O objetivo do
“Mulheres Progressistas” além de eleger mais mulheres é preparar e capacitar as
mulheres para fazerem realmente a diferença e promover seu empoderamento na
vida pessoal e também social.
0 Comments: