Usiminas quer demitir 900 trabalhadores e paralisar atividades temporariamente em Cubatão

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Em reunião realizada no Ministério Público do Trabalho, na manhã desta sexta-feira, que durou três horas, a Usiminas confirmou que vai demitir 900 trabalhadores da Unidade de Cubatão (60% do efetivo) e que deseja paralisar temporariamente suas operações no local. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista. Empresa diz que setor está em crise e busca o diálogo com o sindicato.

Nota Sindicato

USIMINAS PÕE OS TRABALHADORES NA MIRA DO VÍRUS E DA FOME
O Sindicato pressionou por um Acordo que garantisse os salários e os empregos, mas a direção da usina só está interessada em seus lucros e vai demitir em massa

A Usiminas está se aproveitando da pandemia provocada pelo coronavírus para demitir em massa e atacar os salários e direitos dos trabalhadores.

Há aproximadamente 10 dias, a direção da usina apresentou uma proposta para o Sindicato aqui em Cubatão e também em Ipatinga (MG), em que pretendia usar as Medidas Provisórias do governo que só protegem os interesses dos patrões e queria ainda mais, veja:

- Reduzir o salário em 20%

- Piorar o banco de horas

- Colocar o lay-off, que significa a suspensão dos contratos de trabalho por até 5 meses sem pagamento dos salários, os trabalhadores só teriam direito ao seguro-desemprego.

- A Usiminas além de reduzir salários, suspender contratos também queria que os Sindicatos assinassem um acordo aceitando as demissões.

Dissemos NÃO para todas essas propostas. Nas negociações, conseguimos retirar o lay-off , a redução de 20% dos salários, e conseguimos aumentar a ajuda compensatória para quem tivesse redução salarial e suspensão dos contratos pela Medida Provisória 936.

Em todas as reuniões exigimos a estabilidade no emprego para o conjunto dos trabalhadores, mas a Usiminas se recusou a garantir a devida estabilidade.

O empenho do Sindicato foi de propor um Acordo que seria decidido pelos trabalhadores em assembleia para garantir salário e emprego.

Mas, a Usiminas antes mesmo da decisão dos trabalhadores sobre a proposta que seria apresentada, preparava demissões em massa, o que significa que sua intenção é demitir, reduzir salários e continuar a demitir.

É mentira da Usiminas dizer que o Sindicato se recusou a negociar, quem não negociou nada e quer fazer uma carnificina nos empregos novamente é a direção da empresa.

A Usiminas, como as outras empresas, só está preocupada com seus lucros atacando os empregos, salários e direitos dos trabalhadores.

Não haverá nenhuma votação para decisão sobre um Acordo Coletivo emergencial, se a Usiminas fizer demissões.

De que adianta um acordo que suspenda contratos, reduza jornada se a empresa pretende demitir quase mil trabalhadores? A Usiminas novamente mostra que seu único objetivo é a proteção de seus negócios e de seus lucros, passando por cima dos direitos, dos empregos e da vida dos trabalhadores.

Já denunciamos ao Ministério Público do Trabalho mais esse ataque brutal da direção da usina contra os trabalhadores e o mais importante vamos fortalecer a nossa luta em defesa da vida, do emprego e dos salários.

Se você for chamado pela chefia, supervisão ou no ambulatório médico, se receber algum comunicado da empresa ligue imediatamente para o Sindicato.

Os patrões e o governo estão se aproveitando da pandemia que já matou milhares para arrancar ainda mais dos trabalhadores e isso só vai parar com o fortalecimento da nossa luta. Vamos juntos ampliar a mobilização em defesa dos salários, dos direitos e dos empregos.

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